terça-feira, 27 de dezembro de 2011

#70. Missão: Impossível - Protocolo Fantasma (2011)

Depois de 4 filmes acho justo dizer que a série 'Missão: Impossível' está entre uma das mais satisfatórias do gênero. Começou com o toque perfeito de Brian DePalma, depois veio a ação desenfreada de John Woo, passou pelas mãos do surpreendente J. J. Abrams e a série chega ao seu ápice com Brad Bird dirigindo seu 1º longa em 'live-action'. Tom Cruise continua interpretando Tom Cruise. Não que ele seja um péssimo ator, mas no quesito 'construção do personagem' ele falha completamente já que Ethan Hunt parece ser o Ray de 'Guerra dos Mundos', o John de 'Minority Report' e por aí vai. A grande sacada da franquia foi justamente conseguir grandes diretores que deram uma certa dinâmica para a série, transformando cada filme numa peça única e com estilos bem definidos. 'Protocolo Fantasma' usa e abusa dos 'gadjets', criando algumas das cenas de espionagem mais interessantes que ja vi. Assim como J. J. Abrams, Brad Bird não decepcionou nem um pouco na transição de estilos. O diretor, que até então só havia dirigido animações, se mostrou ter um estilo próprio e que funcionou perfeitamente, criando o melhor capítulo da sére!


Nota: 9.5

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

#69. Super 8 (2011)

É inegável que os anos 80 foi uma era 'mágica' em Hollywood. Filmes como 'Os Goonies' (1985), 'Conta Comigo' (1986), 'Curtindo a Vida Adoidado' (1986), 'De Volta Para o Futuro' (1984) e 'Gremlins' (1984) são alguns dos vários clássicos que surgiram nessa década. 'Super 8' é um enorme apanhado de tudo isso mas no estilo de J.J. Abrams. Apesar dos inúmeros mistérios o roteiro se concentra nos personagens mirins e constrói um desenvolvimento interessante para os mesmos (principalmente o casal principal). Adotando um tom intenso durante as quase 2 horas de filme, J.J. Abrams preferiu acabar o filme de forma bastante otimista, fazendo com que inúmeras pessoas saíssem do cinema um tanto decepcionadas. Concordo que o filme merecia algo mais grandioso, mas é impossível negar que o final se encaixa perfeitamente na mesma cartilha de filmes como 'Contatos Imediatos do 3º Grau' e 'E.T.' (ambos dirigidos por Spielberg e produzidos pela Amblin). O filme pode sté possuir alguns problemas aqui e ali (quase todos eles concentrados no final) mas J.J. Abrams construiu um filme extremamente intrigante, com excelentes atuações e algumas das melhores cenas de ação do ano.


Nota: 8

segunda-feira, 18 de julho de 2011

#67. Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2 (2011)

Foram 10 anos acompanhando não só os filmes, mas também o crescimento físico e artístico do elenco perfeitamente escolhido lá em 2000. Foram 8 filmes com um padrão de qualidade extremamente alto, tanto visualmente quanto narrativamente. Este 8º filme (que na verdade é a 2ª parte do 7º filme/livro) preenche com perfeição todas as lacunas deixadas em aberto ao longo da saga. Além disso este capítulo final consegue satisfazer todos que se apaixonaram pela série através dos livros, já que algumas das cenas mais esperadas foram executadas de maneira brilhante, fazendo com que até mesmo aqueles que já conheciam a história ficassem boquiabertos com tamanha grandeza. Também é importante salientar que este filme possui algumas das atuações mais memoráveis de toda saga, sendo Ralph Fiennes (Voldemort) e, principalmente Alan Rickman (Snape) os verdadeiros merecedores de aplausos em pé por seus trabalhos. O diretor David Yates conduz este filme de maneira extremamente ágil e eficaz, deixando evidente na tomada final que suas decisões sempre privilegiaram muito mais os personagens e suas histórias do que o fato de tudo acontecer em um mundo fantástico. O close nos rostos dos 3 personagens mostra que Yates captou a excência da série e não apelou para as clássicas tomadas de Hogwarts ao fundo com uma música melancólica dando o ar de despedida. 'As Relíquias da Morte - Parte 2' é um incrível filme de fantasia, um emocionante drama, uma aventura excitante e um épico com uma escala gigantesca. Certamente o desfecho que a série e os fãs mereciam!


Nota: 10

sexta-feira, 15 de julho de 2011

#66. Demons - Filhos das Trevas (1985)

Para quem não sabe, Lamberto Bava faz parte da elite dos diretores de horror e ele esteve presente no VII Fantaspoa aqui em Porto Alegre para apresentar e comentar alguns de seus filmes. 'Demons', clássico do terror dos anos 80, foi escolhido para fechar a 'Mostra Bava' no festival. Com o cinema lotado 'Demons' conseguiu arrancar sustos e risadas do público mesmo tendo sido produzido há incríveis 25 anos atrás. O filme possui uma trama bastante original e seu desenvolvimento é recheado com os melhores e mais divertidos clichês. Além disso o filme possui uma enorme variedade de cenas 'gore' que funcionam perfeitamente mesmo depois de tantos anos. Apesar da idade, 'Demons' mostra porque o estilo do cinema de terror italiano ainda é copiado no mundo inteiro. Com uma trama diferente, violência em excesso e uma excelente fotografia com cores fortes, Lamberto Bava se estabeleceu como um dos melhores e maiores diretores de horror italiano.


quarta-feira, 13 de julho de 2011

#65. Presságio (2010)

Apesar de marcar o cinema dos anos 80 com imagens fortes, Lamberto Bava apresentou no VII Fantaspoa seu mais novo trabalho, onde a violência e o gore dão espaço à uma história recheada de clichês e um roteiro totalmente previsível. Ao final da sessão, a informação de que o filme havia sido feito diretamente para exibição na TV serviu como justificativa para a falta de violência, mas o roteiro fraco e mal desenvolvido continua sem explicação. 'Presságio' possui alguns bons momentos de direção e atuações que não decepcionam, mas os longos diálogos, a falta de gore e o excesso de clichês fizeram este filme parecer muito mais longo do que ele realmente é.


Nota: 5

terça-feira, 12 de julho de 2011

#64. A Máscara de Satã (1960)

Considerado um dos grandes mestres do terror, Mario Bava mostrou todo seu talento em juntar belas e assustadoras imagens já em seu 1º filme, intitulado 'A Máscara de Satã'. Mas apesar de toda beleza estética, o filme possui uma trama interessante e bem bolada, mas tal trama possui pouco desenvolvimento e insiste em focar a atenção do público no romance sem graça do casal principal, transformando a 2ª metade do filme em um grande melodrama. Pelo menos a bela fotografia em preto e branco de Mario Bava faz com que o clima gótico esteja presente durante todo o filme, transformando-o em uma pequena e bela obra-de-arte.



quinta-feira, 30 de junho de 2011

#63. Carros 2 (2011)

É decepcionante ter que falar mal de algum trabalho da Pixar, mas infelizmente 'Carros 2' não merece nada além disso. O problema dessa sequência é que os 2 personagens principais (Relâmpago McQueen e Mate) passam 90% do tempo sem ter a menor idéia do que está acontecendo, já que a trama de espionagem é desenvolvida por outros personagens que geram pouquíssimo interesse. Sem falar no 3º ato desastroso onde a revelação do vilão é simplesmente jogada na tela com uma série de explicações que não fazem o menor sentido. Mais decepcionante que isso foi ver a Pixar adotar uma mensagem ecológicamente correta ao martelar a idéia de que o combustível sustentável é a melhor opção, apenas para fechar o filme com a vergonhosa frase 'uma vez gasolina, sempre gasolina'. Decepcionante do início ao fim, 'Carros 2' deve servir como uma grande lição à Pixar.


Nota: 4

domingo, 19 de junho de 2011

#62. O Sepúlcro (2010)

Dirigido por Jon Knautz, o filme conta a história de 3 jornalistas que decidem investigar o desaparecimento de um jovem e, como de costume, acabam descobrindo mais do que deveriam. Além da trama bastante simples, o filme usa e abusa dos clássicos clichês do cinema de horror como a floresta assombrada, a garotinha assustadora, portas se abrindo e fechando misteriosamente, a névoa na floresta, entre outros. Por outro lado o roteiro explora de maneira inteligente o fato de grande parte dos coadjuvante não falarem inglês, fazendo com que entendamos a história sem precisar de explicações explícitas (mesmo que na última cena uma explicação desnecessária seja apresentada). 'O Sepulcro' é uma verdadeira mistura de suspense, slasher, espíritos e demônios! O filme perfeito para servir como prévia do festival de cinema mais interessante desse país.


sábado, 18 de junho de 2011

#61. Aterrorizada (2011)

Se pegarmos alguns dos últimos trabalhos de John Carpenter, é claramente perceptível um certo declínio criativo. É aí que entra 'Aterrorizada', seu primeiro filme depois de 10 anos afastado de longa-metragens. É interessante que já nos primeiros minutos somos informados de que a história se passa em 1966, porém, estéticamente falando, o filme não apresenta nada que confirme isso. Apesar de pequenos defeitos no roteiro, Carpenter consegue manter o filme intrigante durante seus 90 minutos, algo digno de valor tendo em vista a qualidade de recentes filmes do gênero. O final é bastante previsível, mas Carpenter conseguiu explicar de forma satisfatória e condizente com o restante do filme. Apesar de ser muito bem fotografado, 'Aterrorizada' não chega a ser um marco na carreira do diretor, mas é interessante e bastante divertido.


Nota: 7.5

quinta-feira, 16 de junho de 2011

#60. Kung Fu Panda 2 (2011)

Nos últimos anos a qualidade dos filmes da PDI/Dreamworks cresceu bastante, recebendo elogios não só por seus aspectos técnicos, mas também pela criatividade colocada em seus roteiros. Infelizmente 'Kung Fu Panda 2' não possui o mesmo mérito. Com uma trama idêntica à do filme anterior, esta sequência já começa pecando por mostrar um Po desajeitado e comilão, algo totalmente fora de sincronia com o final do 1º filme onde o personagem acabava se tornando o 'Grande Dragão Guerreiro'. O roteiro acaba seguindo os mesmos passos do anterior mostrando o urso aprendendo que o crescimento interno é o que realmente importa para se tornar um mestre do kung fu. Apesar do fraco desenvolvimento narrativo, este filme apresenta piadas muito mais engraçadas e que salvam o filme de um desastre total. Ainda que recicle idéias de outros filmes, 'Kung Fu Panda 2' é divertido e engraçado, mas longe de ser o melhor trabalho da Dreamworks.


Nota: 7

terça-feira, 14 de junho de 2011

#59. X-Men - Primeira Classe (2011)

É incrível que em 10 anos a Fox tenha produzido 5 filmes sobre o universo dos X-Men, sendo que apenas 1 ficou abaixo do esperado (X-Men Origins: Wolverine). Por ser um reboot/prelúdio, este filme tinha tudo para ser apenas mais do mesmo. Pelas fotos, trailers e posters divulgados antes do lançamento, 'X-Men - Primeira Classe' estava destinado a ser a bomba do ano, mas não é! Apesar de ser um grande filme de ação, o roteiro é bastante focado nos personagens e suas motivações em relação ao período histórico em que eles vivem. James McAvoy e Michael Fassbender arrebentam como Xavier e Magneto, sendo (na minha opinião) o ponto alto do filme! Com um visual fantástico e uma contextualização de cair o queixo, 'X-Men - Primeira Classe' mostra que a série ainda consegue render excelentes frutos, e se continuar deste jeito renderá muito mais!


Nota: 9

sexta-feira, 3 de junho de 2011

#58. Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas (2011)

Depois de diversos papéis icônicos e 3 indicações ao Oscar era de se esperar que Johnny Depp tivesse dado um fim em Jack Sparrow. Apenas 4 anos se passaram desde o 3º filme e Depp trouxe Jack de volta em um filme que, diferente dos antecessores, tem início, meio e fim. Talvez por ter uma trama fechada, o filme acaba passando uma certa serenidade já que o roteiro não se preocupa com os filmes anteriores e muito menos com as sequências que (certamente) virão. A introdução de personagens novos é igualmente interessante, mesmo que 2 deles sejam as piores coisas da série (o casal Phillip e Syrena). Por outro lado temos Ian McShane interpretando Barba Negra e Penélope Cruz como sua filha, dois personagens bem desenvolvidos e com ótimos momentos. 'Piratas do Caribe 4' é tudo aquilo que você esperaria de um filme desses: cenas de ação incríveis, visual fantástico e 2 horas de gargalhadas proporcionadas por Johnny Depp. Pode não ser o melhor da série, mas está longe de ser o pior.


Nota: 7

sábado, 7 de maio de 2011

#57. E O Vento Levou (1939)

Antes de assumir a direção de 'E O Vento Levou', Victor Flemming havia trabalhado como um dos diretores (o único a ser creditado) do clássico 'O Mágico de Oz'. O ano de 1939 se mostrou ser um dos maiores anos do cinema e Flemming constribuiu muito para isso. Possuindo uma atuação fantástica de Vivien Leigh, 'E O Vento Levou' usa a Guerra Civil como pano de fundo para mostrar a saga de Scarlett, uma mulher apaixonada pelos homens e, principalmente, pelo dinheiro. As primeiras 2 horas são um verdadeiro espetáculo de som, imagem e talento. A fotografia com cores exuberantes, a trilha sonora marcante e as atuações impactante fazem desta 1ª parte um total acerto. A 2ª parte sofre por dar uma desacelerada no ritmo e mostrar os frutos que Scarlett colheu com os acontecimentos mostrados na 1ª parte. Ainda assim, o filme permanece extremamente interessante. Além de ser considerado o maior clássico da história, 'E O Vento Levou' é um épico que definiu uma das melhores épocas de Hollywood.


Nota: 9.5

terça-feira, 3 de maio de 2011

#56. O Mágico de Oz (1939)

Cada vez que assisto 'O Mágico de Oz' me impressiono em quão mágico ele é. O filme foi lançado há mais de 70 anos atrás e por isso alguns diálogos podem parecer estranhos e forçados, o que poderia prejudicá-lo se não fosse seu êxito em todo o resto. Sendo um dos primeiros filmes a ser rodado em Technicolor, 'O Mágico de Oz' pode ser facilmente considerado como o ponto alto no excelente histórico da empresa. Além do belo uso das cores, o filme ganha méritos por possuir uma excelente caracterização em seus cenários, figurinos e maquiagem. É impossível falar do filme e não falar da sua mágica trilha sonora que chegou a render 2 Oscar para seus criadores. 'Over the Rainbow' permanece como um clássico absoluto, sendo uma daquelas músicas atemporais. 'O Mágico de Oz' permanece tão fantástico e divertido como na época de seu lançamento, há incríveis 72 anos atrás.


Nota: 9

domingo, 1 de maio de 2011

#55. Thor (2011)

Em 2008, o lançamento de 'Homem de Ferro' deu início a construção do universo Marvel, que culminará no filme 'Os Vingadores' em 2012. 'Thor' já é o 4º filme da 'Marvel Studios' e aqui fica bastante evidente que o estúdio está mais preocupado em preparar o público para 'Os Vingadores' do que criar uma história que faça jus ao personagem-título. Além de alguns diálogos problemáticos o filme gasta muito tempo com personagens desnecessários, mais precisamente aqueles interpretados por Natalie Portman, Kat Dennings e Stellan Skarsgard. Muitas coisas são deixadas no ar, como o fato de Thor mudar sua personalidade em pouquíssimo tempo e sem um motivo certo. Ainda que o filme seja um dos mais problemáticos do selo, é inegável que seus acertos brilham muito mais que seus erros. As cenas ambientadas em Asgard possuem personagens e um desenvolvimento narrativo muito mais interessante, o que enriquece bastante o universo que a Marvel está criando por mostrar que o mundo dos gibis não se resume à adolescentes ganhando super-poderes. Assumidamente um prólogo para o filme 'Os Vingadores', 'Thor' cumpre sua função em apresentar uma história que expande o universo Marvel como nunca tínhamos visto antes!


Nota: 7

terça-feira, 26 de abril de 2011

#54. Sobrenatural (2010)

Ao ler 'Jogos Mortais' no poster pensei que seria mais um daqueles filmes em que o foco está na criatividade em matar o elenco. A verdade é durante os 100 minutos apenas 1 personagem morre. Ao término do filme nota-se que o diretor James Wan criou uma obra que lembra muito os filme de terror da década de 80. 'Sobrenatural' possui todos os clichês de filmes do gênero com vultos passando ao fundo, muita fumaça no chão e alguns sustos baratos. Mas além disso o filme ganha méritos pela atmosfera fantasmagórica, pelas atuações fortes e pela originalidade presente durante 'quase' todo filme. 'Sobrenatural' pode ser facilmente considerado o 'Poltergeist' dessa geração, e isso é um grande elogio.


Nota: 8

segunda-feira, 25 de abril de 2011

#53. Tropa de Elite 2 (2010)

Poderoso do início ao fim, o filme dirigido por José Padilha e escrito em conjunto com Bráulio Mantovani pode ser facilmente considerado como uma das maiores e melhores obras que o cinema brasileiro já produziu. O roteiro extremamente criativo explora de maneira inteligente os personagens apresentados no primeiro filme, tornando esta sequência muito mais rica do que o antecessor. Wagner Moura proporcionou a atuação de sua vida como Coronel Nascimento, firmando o personagem como um grande herói brasileiro. Cheio de atitude e controvérsias, 'Tropa de Elite 2' é um tapa na cara do cidadão brasileiro.


Nota: 10

domingo, 24 de abril de 2011

#52. Cidade de Deus (2002)

Ainda em 2002, poucas semanas após o lançamento de 'Cidade de Deus' o filme já era considerado um clássico do cinema nacional. As 4 indicações para o Oscar deram visibilidado ao filme, o tornando um clássico do cinema internacional. A narrativa costurada, o visual de cair o queixo, a direção certeira, as atuações impactantes, os diálogos marcantes... tudo neste filme é merecedor de aplausos em pé! Fernando Meirelles contou uma história que apesar de ter seu tempo e espaço, pode acontecer em qualquer lugar e em qualquer época. Brilhante do início ao fim, 'Cidade de Deus' é um dos maiores (talve 'O' maior) épico brasileiro!


Nota: 9.5

sábado, 23 de abril de 2011

#51. O Homem Que Sabia Demais (1956)

Hoje em dia o termo 'refilmagem' causa arrepios, mas não vamos esquecer que existem diversas refilmagens que não só cumprem seu trabalho como também nos apresentam coisas novas, fazendo com que sejam melhores do que seu original. 'O Homem Que Sabia Demais' é um desses casos. Baseado em um filme de mesmo nome e também dirigido pelo Mestre Alfred Hitchcock, essa versão de 1956 apresenta a mesma premissa mas dessa vez protagonizada por James Stewart (grande colaborador de Hitch em diversos filmes) e a talentosa Doris Day. Suspense de primeira linha, Hitchcock construiu um filme que brinca com o espectador ao solucionar os mistérios do filme pouco a pouco até chegar no clímax que definitivamente é um dos mais emocionantes da cerreira do diretor. Com um roteiro esperto, atuações fantásticas e uma trilha sonora de encher os ouvidos 'O Homem Que Sabia Demais' é mais um entre tantos outros sucessos criativos do Mestre do suspense.


Nota: 9

sexta-feira, 22 de abril de 2011

#50. Os Espíritos (1996)

Lá em 1995/96 quando 'Os Espíritos' estava sendo rodado, Peter Jackson começou sua 'pequena' revolução no cinema. O filme possuí efeitos especiais revolucionários que mais tarde serviriam de base para a criação dos efeitos de 'O Senhor dos Anéis'. Mas como todos sabem, Peter Jackson se preocupa com mais coisas além dos efeitos e isso fica bastante evidente neste filme que, apesar do estilo 'terrir' (às vezes lembrando 'Evil Dead'), possui um roteiro bastante original e atuações incrivelmente divertidas! Conseguindo equilibrar perfeitamente os gêneros terror e comédia, 'Os Espíritos' ainda reserva espaço para cenas que poderiam perfeitamente classificá-lo como um grande filme de aventura! Com cenas de encher os olhos e um senso de humor incrivel, 'Os Espíritos' mostrou em 1996 a habilidade que Peter Jackson têm em criar filmes que além de serem espetáculos visuais, também são espetáculos intelectuais!


Nota: 9

quarta-feira, 20 de abril de 2011

#49. Rio (2011)

Acredito que a grande maioria dos cinéfilos estavam no mínimo curiosos para saber como o solo brasileiro iria ser retratado no cinema quando Carlos Saldanha divulgou que seu próximo trabalho seria uma animação intitulada 'Rio'. A verdade é que o filme retrata a 'cidade maravilhosa' de forma nunca vista antes no cinema. Recheada de cores e muito bem desenhada, a cidade é (ao mesmo tempo) o grande ponto positivo e negativo. Mais preocupado em divulgar a cidade, o diretor parece ter criado o mais longo e caro video turístico da história. Por um lado é maravilhoso já que dificilmente você irá ver no cinema a cidade do modo como é mostrada em 'Rio'. Por outro lado é difícil se inserir no filme quando o assunto mais interessante e polêmico (o tráfico de aves) fica ás vezes em terceiro plano. Ainda assim o filme possui uma ótima trilha sonora, piadas que funcionam em sua maioria e um visual deslumbrante. Serve como um bom passatempo, mas poderia ter sido muito mais!


Nota: 6.5

sexta-feira, 15 de abril de 2011

#48. Pânico 4 (2011)

Como todos ja sabem, 'Pânico' (1996) foi um marco na história do cinema por ter se apropriado das regras de filmes de horror e ao mesmo tempo ter brincado com elas. 'Pânico 4' finalmente chega aos cinemas fazendo piadas sobre o universo do horror que se criou nesses últimos 10 anos. O roteiro escrito por Kevin Williamson (que dizem ter recebido mudanças pelas mãos de Ehren Kruger e Wes Craven) consegue harmonizar com perfeição o humor e as cenas de terror no filme. Acho interessante que um dos principais problemas de 'Pânico 3' seja exatamente o excesso de piadas, enquanto aqui em 'Pânico 4' esse excesso é justamente um dos pontos altos do filme. Assim como o 1º filme, este consegue fazer sátira do gênero sem se tornar uma paródia. Mesmo assim este filme não deixa de ser um 'slasher'. As mortes certamente são as mais fortes da série, sem falar na quantidade de sangue usado em cena. O que chega a ser surpreendente vindo de uma série que se limitou a usar cada vez menos galões de sangue no seu decorrer. Mas com sangue ou não, o que importa é que 'Pânico 4' é surpreendente não apenas pelo seu humor ou violência, mas sim por seu seu roteiro esperto e com diálogos inteligentes que são ditos com extrema competência pelo elenco 'teen' que não deixa nada a desejar. Divertido do início ao fim, 'Pânico 4' vai fazer nessa década o que seu original fez nos anos 90.

Clique para ler as críticas de 'Pânico', 'Pânico 2' e 'Pânico 3'.


Nota: 9

segunda-feira, 11 de abril de 2011

#47. Rango (2011)

'Rango' é a primeira animação dirigida por Gore Verbinski, e também é a primeira a ser desenvolvida nos estúdios da ILM, empresa ciradora dos efeitos especiais de 'Star Wars'. Além de engraçado e emocionante, o filme possui um visual bastante curioso que pode vir a ser mais aceito pelos adultos do que pelas crianças. O roteiro do filme aborda temas como morte e violência de maneira bastante crua, mas que certamente levam a narrativa à um outro nível, principalmente do ponto de vista artístico onde diversas referências à outros westerns acabam fazendo parte da diversão. Em termos de 'animação', 'Rango' certamente é o que há de melhor no mercado atualmente.


Nota: 9

domingo, 3 de abril de 2011

#46. Oliver! (1968)

Adaptação do musical britânico composto por Lionel Bart, que por sua vez foi baseado na obra literária de Charles Dickens, 'Oliver!' é um filme magnífico, perfeitamente coreografado e embalado pelas canções maravilhosas escritas por Bart. Contando com performances inspiradas de Jack Wild, Shani Wallis, Oliver Reed e principalmente Ron Moody como Fagin, esta adaptação de 'Oliver Twist' impressiona não só pelos seus cenários grandiosos, ou por sua coreografia incrivelmente bem elaborada, mas acima de tudo pelo seu elenco fantástico. Mesmo com algumas música que poderiam ser facilmente excluídas, o filme esbanja talento e profissionalismo de primeira classe!


Nota: 8

quarta-feira, 16 de março de 2011

#45. João e Maria (1987)

Baseado no clássico conto dos Irmãos Grimm, 'João e Maria' é um filme de 1987 produzido pela Cannon e faz parte da coleção 'Cannon MovieTale'. Eu não esperava por muita coisa, mas fiquei impressionado com o que vi. O filme começa de maneira bastante leve, mostrando o cotidiano dos irmãos João e Maria, que vivem em condições precárias. Seguindo nesse tom até seus 40 minutos, o espectador é pego de surpresa quando a bruxa aparece pela primeira vez. Pode parecer idiota, mas sim... a caracterização de Cloris Leachmen como a bruxa é realmente assustadora, fazendo com que os últimos 30 minutos do filme sejam mais assustadores do que muitos filmes de terror por aí. Além de fiel ao conto o filme possui um elenco bastante interessante, uma direção de arte impecável e uma trilha sonora fantástica, fazendo deste filme a adaptação definitiva do conto!


Nota: 8

domingo, 13 de março de 2011

#44. Never Sleep Again - The Elm Street Legacy (2010)

De alguns anos pra cá foram produzidos alguns documentários bastante interessantes que abordavam a produção de filmes de horror. Em 2006 tivemos '25 Years of Terror', sobre a série 'Halloween' e em 2009 'His Name Was Jason' mostrou os bastidores dos filmes 'Sexta-Feira 13'. No ano de 2010 foi a vez de Freddy Krueger com 'Never Sleep Again', um documentário de 4 horas (!) recomendado não só para os fãs do gênero, mas também para os fãs de cinema em geral. O filme mostra a ascenção da 'New Line Cinema' em cima do sucesso dos filmes da série 'A Hora do Pesadelo', além de mostrar entrevistas com (praticamente) todo mundo que esteve envolvido na produção dos filmes. Além disso também é discutido o impacto que a figura de Freddy teve na mídia da época, mostrando comentários sobre a série de tv 'Freddy's Nightmares' e também sobre diversos outros produtos relacionados ao personagem. 'Never Sleep Again' é uma verdadeira obra-de-arte criada de fãs para fãs, mostrando detalhadamente todo o processo de criação dessa série que por muito tempo foi tida como a ovelha negra de Hollywood. Um filme que, apesar de sua longa duração, é extremamente interessante, informativo e principalmente divertido.


Nota: 10

sábado, 12 de março de 2011

#43. Eu e Meu Guarda-Chuva (2010)

Baseado no livro homônimo de Branco Mello e Hugo Possolo, 'Eu e Meu Guarda-Chuva' não é o melhor exemplo do cinema infantil que já tivemos no cinema nacional, mas também está longe de ser dos piores. O filme se passa inteiramente em uma madrugada, mostrando as aventuras de 3 amigos dentro da escola em que irão estudar. O roteiro aborda temas interessantes como as inseguranças da puberdade, as dificuldades em demonstrar afeto e tantos outros que se enquadram no clássico perfil de um pré-adolescente. Mesmo recheado de clichês e alguns furos no roteiro, 'Eu e Meu Guarda-Chuva' tem uma trama interessante (cheia de revira-voltas), um visual incrível e um elenco cativante!


Nota: 7

sexta-feira, 11 de março de 2011

#42. Minha Vida de Cachorro (1985)

O diretor Lasse Halström é conhecido por pegar simples histórias do cotidiano e transformá-las e grandes dramas (no bom sentido). Creio que 'Minha Vida de Cachorro' é o trabalho que sintetiza toda carreira do diretor. O filme mergulha fundo na mente de uma criança perante a assuntos polêmios como morte e sexo. Anton Glanzelius (hoje com 36 anos) interpreta Ingemar, uma criança que vê sua vida tomar rumos diferentes por diversos motivos e que no meio de tudo isso acaba encontrando paixões, perdas e principalmente auto-conhecimento. 'Minha Vida de Cachorro' é um excelente filme de criança para adultos, mostrando que muitas de suas atitudes incompreendidas são decorrência de pensamentos extremamente maduros. Encantador do início ao fim, o filme é certamente o melhor trabalho de Hallström.


Nota: 10

quinta-feira, 10 de março de 2011

#41. Bruna Surfistinha (2011)

Baseado em eventos reais da vida de Raquel Pacheco, 'Bruna Surfistinha' conta a clássica história da 'garota-que-tem-tudo' se rebelenado contra aqueles que a amam e caindo nas ruas para, enfim, se tornar uma prostituta. Deborah Secco merece aplausos de pé por sua incrível interpretação neste filme. O olhar vazio, o jeito tímido, a promiscuidade... Deborah consegue transpor tudo isso para a tela de um jeito tão natural e honesto que chega a ser impactante. Pena que o roteiro não explore tão bem o lado motivacional da personagem, ficando no ar muitas questões a respeito do que era a vida de Raquel antes e depois da Bruna. Apesar dos pequenos defeitos, o filme consegue se manter interessante durante suas 2 horas e tudo graças ao trabalho magnífico de Deborah.


Nota: 7

segunda-feira, 7 de março de 2011

#40. Besouro Verde (2011)

Baseado na série de rádio criada nos anos 30, 'Besouro Verde' bebe da mesma água que filmes como 'Kick-Ass' e 'Scott Pilgrim' se banharam. Seth Rogen dá vida à Britt Reid, um nerd entediado que decide ir para as ruas se divertir lutando contra o crime. A trama por si só já remete à outros filmes do gênero que estão rolando por aí, mas não é só isso. O elenco todo está fraquíssimo, o que é uma pena já que todos os nomes já nos apresentaram excelentes trabalhos. Mas o mais intrigante é que o diretor Michel Gondry, que é conhecido por sua criatividade e estilo cinematográfico fora do normal, parece estar totalmente desinteressado. Mesmo com tantos problemas o filme possui alguns momentos divertidos e cenas de ação bem elaboradas, mas nada que salve o filme.


Nota: 6

domingo, 6 de março de 2011

#39. Burlesque (2010)

Poucas cantoras conseguiram ter algum sucesso expressivo em longas-metragens. Barbra Streisand e Cher já ganharam estatuetas de Melhor Atriz no Oscar e podem ser consideradas as mais bem sucedidas cantoras no cinema. Prestes a completar 65 anos, Cher está de volta cantando e atuando ao lado de Chirstina Aguilera no musical genérico 'Burlesque'! Cher certamente já teve momentos mais marcantes em sua carreira como atriz, porém Christina Aguilera definitivamente não decepciona em seu primeiro papel no cinema. Com um visual magnífico e músicas contagientes, o filme estrelado pelas duas Divas (com 'D' maiúsculo) do pop pode não ser o maior exemplo de originalidade mas consegue entreter durante boa parte de suas 2 horas.


Nota: 7

sábado, 5 de março de 2011

#38. A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (1999)

Tim Burton é o maior recontador de histórias que existe no cinema, recriando clássicos como 'Alice no País das Maravilhas', 'Planeta dos Macacos', 'A Fantástica Fábrica de Chocolates' e até mesmo 'Batman'. Na minha opinião, nenhum título foi melhor 'recontado' como 'A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça'. Apesar de possuir os mesmos personagens do conto original escrito por Washington Irving, o filme leva a história para um lado completamente diferente, nos apresentando à bruxas, magia negra e muito humor. Com um visual avassalador e atuações fantásticas (principalmente Johnny Depp como Ichabod Crane), 'A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça' se firma como um dos melhores trabalhos do diretor Tim Burton.


Nota: 9

quarta-feira, 2 de março de 2011

#37. Scarface (1983)

Extremamente criticado na época de seu lançamento, 'Scarface' foi um filme que estava a frente de seu tempo. Em 83, poucos entenderam o que o diretor Brian DePalma queria dizer com toda aquela violência, palavrões e tanta droga exposta em cena. 'Scarface' está além disso tudo. É uma história sobre conquistas, sobre como lidar com elas e como mantê-las. No filme somos apresentados a Tony Montana, um cubano refugiado em Miami que acaba construindo um imenso império apenas com o tráfico de cocaína. Um dos maiores méritos do filme é nos apresentar essa jornada de uma maneira bastante agradável, não mostrando apenas o 'trabalho sujo', mas também como essas pessoas usufruem desse dinheiro. Al Pacino está fantástico como Tony, construindo um personagem prepotente, arrogante e de algum modo carismático. 'Scarface' é épico, um dos melhores trabalhos de Brian DePalma.


Nota: 9.5

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

#36. Bravura Indômita (2010)

Baseado no livro que deu origem ao clássico que fez John Wayne ganhar seu único Oscar, 'Bravura Indômita' é mais um trabalho impecável dos irmãos Cohen. Ninguém consegue juntar drama e comédia tão bem como estes dois. Durante as 2 horas de filme gargalhadas ecoavam a cada 10 minutos pela sala de cinema, mostrando que os diretores acertaram na escolha do tom para o filme. 'Bravura Indômita' não é apenas um faroeste, ou apenas um drama ou até mesmo apenas um filme de comédia. É tudo isso junto! É uma grande aventura, carregada com excelentes atuações e com um visual magnífico.


Nota: 8

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

#35. Cisne Negro (2010)

Poucos filmes causaram o efeito que 'Cisne Negro' me causou. O filme é mais um exemplo do talento inegável que o imprevisível diretor Darren Aronofsky possui. Se o roteiro escrito por Mark Heyman, Andrés Heinz e John McLaughlin já é recheado de informações nas entrelinhas, o estilo visual adotado por Darren e o diretor de fotografia Matthew Libatique faz com que a maioria das informações não ditas em tela tenha mais relevância do que aquilo que de fato é dito em cena. Não espere por informações jogadas na sua cara ou um 'flashback' no final dando sentido á todas coisas absurdas que acontecem durante o filme. 'Cisne Negro' é o tipo de filme que brinca com os figurinos, com a iluminação, com os movimentos de câmera, tudo a favor do desenvolvimento da narrativa. Mas nada disso se sustentaria se não fosse a incrível atuação de Natalie Portman, certamente o ponto alto do filme. Extremamente original e emocionante, 'Cisne Negro' é (na minha opinião) o melhor filme de 2010!


Nota: 10

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

#34. Inverno da Alma (2010)

'Inverno da Alma' já começa indo direto ao assunto, mostrando as dificuldades que Ree (Jennifer Lawrence) enfrenta após descobrir que seu pai, traficante de metanfetamina, penhorou a própria casa e desapareceu, fazendo com que a responsabilidade de manter a família caísse nos ombros dela. O cenário desta história é um lugar bastante precário, onde as pessoas sobrevivem da maneira que podem, em sua maioria com ações ilegais. Tudo isso serve apenas como pano de fundo para mostrar não só a força e coragem da personagem principal, mas também para mostrar até onde um ser humano pode chegar para defender e garantir a sobrevivência daqueles que ama. Drama de primeira linha, o filme trata de assuntos e situações pesadas, mas sem trazer isso diretamente para tela, fazendo com que toda a experiência de assistir este filme acabe se tornando agradável.


Nota: 8.5

domingo, 30 de janeiro de 2011

#33. Deixe-me Entrar (2010)

Há 10 anos atrás o filme 'O Chamado' deu início à uma frebre de remakes que continua até hoje. O mais novo xerox produzido pelos americanos atende pelo título de 'Deixe-me Entrar', refilmagem do excelente filme sueco 'Deixe Ela Entrar'. Apesar de ser um ótimo filme, esta versão americana não precisava existir, já que o original é um longa ambicioso que mistura terror, drama e romance com extremo sucesso. Dirigido com competência por Matt Reeves, o filme se mantém fiel demais à obra sueca, o que faz com que essa versão acabe perdendo um pouco de seu brilho. Possuindo uma atuação fantástica de Kodi Smit-McPhee, 'Deixe-me Entrar' é assustador e emocionante... e também desnecessário.


Nota: 7

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

#32. O Mágico (2010)

Baseado no roteiro autobiográfico escrito por Jacques Tati na década de 50, 'O Mágico' é uma animação que usufrui de toda sua criatividade para nos contar uma história ás vezes engraçada e muitas vezes emocionante. O filme aborda de modo bastante sincero o relacionamento entre um mágico e uma garota que ele acaba 'adotando' como filha. Baseado na relação pessoal que Tati tinha com sua filha mais velha, 'O Mágico' é um perfeito exemplo de como transmitir informações e, principalmente emoções sem o uso do diálogo. Ao longo de seus 80 minutos, o filme usa e abusa de seus traços para criar sensações e sentimentos, já que os poucos diálogos do filme não transmitem metade das emoções que os desenhos acabam nos passando.


Nota: 8

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

#31. O Discurso do Rei (2010)

Ganhando cada vez mais destaque por ser figurinha certa em premiações importantes, 'O Discurso do Rei' vem se firmando cada vez mais como um forte concorrente à estatueta de Melhor Filme no Oscar deste ano. O filme conta de forma bem humorada os problemas que o Rei George VI enfrentou por ser gago e ter que espalhar sua palavra via rádio à milhares de ingleses em plena 2ª Guerra Mundial. Nos presenteando com a melhor atuação de sua carreira, Colin Firth interpreta o inseguro e impaciente Rei George VI que faz de tudo para ser notado e, principalmente, ouvido. Geoffrey Rush faz um trabalho de Mestre (com 'M' maiúsculo) ao interpretar o excêntrico terapeuta de fala que ajuda o rei não só em seus problemas orais como também em momentos críticos de sua vida. Além de performances memoráveis o filme possui um roteiro brilhante que permanece bastante fiel aos acontecimentos reais. Incrível do início ao fim, 'O Discurso do Rei' é um filme inesquecível!


Nota: 10

domingo, 23 de janeiro de 2011

#30. Pânico 3 (2000)

Após o incrível sucesso de 'Pânico 2' era apenas uma questão de tempo até que o terceiro capítulo chegasse aos cinemas. Após 3 anos de espera, 'Pânico 3' estreiou trazendo Wes Craven e o elenco original de volta. Kevin Williamson (roteirista dos 2 filmes anteriores) estava comprometido com outros projetos e não pôde escrever o roteiro deste filme, que acabou ficando a cargo de Ehren Kruger. Ehren pareceu não ter captado a excência dos filmes anteriores e transformou 'Pânico 3' exatamente em aquilo que os outros 2 'parodiavam'. Além de economizar na violência e nos sustos, o filme possui piadas em excesso que o faz ficar bastante próximo de ser mais um capítulo da série 'Todo Mundo em Pânico'. 'Pânico 3' pode agradar aos fãs da série por trazer os personagens originais de volta e realizar algumas referências à outros filmes de forma criativa, mas o resultado final ficou longe de ser uma conclusão satisfatória à trilogia.


Nota: 5

sábado, 22 de janeiro de 2011

#29. Sexta-Feira 13 (2009)

'Sexta-Feira 13 - Parte 7' (de 1988) foi o último capítulo a apresentar a trama básica da série: Jason ataca adolescentes que vão para o mato transar e fumar maconha. Tá certo que esse não é o maior exemplo de originalidade e criatividade, mas convenhamos... estes filmes são muito divertidos! Após enviarem Jason para o inferno, para o espaço e para o ringue, a série foi totalmente reinventada em 2009 pela equipe da Platinum Dunes. O que achei mais legal foi o fato de os roteiristas condensarem os acontecimentos das partes 1 à 4 neste único filme. Por adorar a 'Parte 2' (de 1981), foi incrível ver o retorno de algo que me assustava pra caramba quando eu era criança: o saco na cabeça de Jason. Além do 'saco', o filme traz diversas referências à série original como o fato de Jason correr e ser mais parecido com um caçador do que um zumbi (Partes 2, 3 e 4). Além de marcar o retorno de Jason ao Crystal Lake, 'Sexta-Feira 13' é uma grande (e assustadora!) homenagem á série.


Nota: 7

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

#28. Pânico 2 (1997)

Pouco antes de completar 1 ano do lançamento de 'Pânico', 'Pânico 2' estreiou recebendo total atenção do público e da crítica, que estavam anciosos para ver se o raio iria cair no mesmo lugar. Kevin Williamson assinou novamente o roteiro e desta vez decidiu focar suas referências não em filmes de terror, mas sim em sequências de sucesso. Assim como suas referências, o filme acabou sendo um sucesso de público e de crítica. 'Pânico 2' é um excelente exemplo de uma sequência que tenta a todo momento ser diferente do filme original, e consegue. Mais violento e engraçado, o filme acabou construindo sua própria identidade por apresentar uma história que, em nenhum momento acaba sendo uma cópia do anterior, e por firmar os 3 personagens principais (Sidney, Dewey e Gale) como 'lendas' do universo do horror. 'Pânico 2' é, na minha opinião, melhor do que seu antecessor pela simples ousadia de desenvolver com maestria seu universo e seus personagens, algo raro de se ver em sequências de filmes de terror.


Nota: 9.5

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

#27. Enrolados (2010)

Quando 'Shrek' apareceu em 2001 fazendo piadas sobre os clichês dos clássicos contos de fadas da Disney, muitos acharam que o estilo estava de fato morto. Em 2009 o lançamento de 'A Princesa e o Sapo' mostrou que esse tipo de filme ainda tinha força, e agora com 'Enrolados' vem a confirmação definitiva de que o estilo ainda consegue render excelentes frutos. Do início ao fim o filme é um grande clichê, com a princesa que sonha em conhecer o mundo, a madrasta vilã, animais fofinhos e números musicais no melhor estilo Broadway. Quem for ao cinema esperando mais do que isso, pode vir a se decepcionar. Eu já esperava tudo isso e mesmo assim fiquei encantado com a qualidade da animação, senti vontade de cantar e dançar nos números musicais, vibrei nas cenas de ação (que, por sinal, são incríveis) e me emocionei com seu final bobo e previsível. 'Enrolados' é uma excelente aventura recheada de humor e que utiliza a mesma fórmula que construiu sucessos como 'A Bela e a Fera' e 'A Pequena Sereia'.


Nota: 9

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

#26. Pânico (1996)

Lançado em dezembro de 1996, 'Pânico' surpreendeu o público e a crítica ao atualizar o gênero de horror. Escrito por Kevin Williamson, o filme pode ser facilmente descrito como uma grande homenagem aos grandes clássicos do gênero, principalmente 'slashers' lançados na década de 80. Apresentando uma trama bastante simples, o filme ganha a simpatia do público não por sua história, nem por seu elenco, mas por suas inúmeras citações que se encaixam perfeitamente na narrativa. Por exemplo, é curioso notar como Wes usou a trilha de 'Halloween' em seu final, já que a música surge de uma TV que está em cena. 'Pânico' revolucionou o cinema de horror de sua época, apresentando uma trama básica porém extremamente original no seu modo de ser contada. Wes Craven escancarou as regras do horror, fez uso das mesmas e criou um título que, 15 anos depois, continua sendo amado e respeitado.


Nota: 8

domingo, 16 de janeiro de 2011

#25. Speed Racer (2008)

Após o extenso trabalho na trilogia 'Matrix' os 'Wachowski Brothers' vieram com o brilhante projeto de adaptar a série de desenhos japônes 'Speed Racer' para o cinema. Para muitos o filme é uma total perda de tempo, mas para mim este é um dos poucos (talvez o único) filme que conseguiu traduzir de forma sincera uma série de desenhos animados. Além de possuir uma linha narrativa bastante curiosa e que alterna de modos bastante inteligentes, o filme é recheado de homenagens á série original, se preocupando em estabelecer o mesmo estilo visual dos desenhos. O roteiro escrito pelos Wachowski pode até possuir seus problemas, mas colocar Speed Racer no meio das disputas políticas que os executivos das grandes empresas travam foi uma idéia brilhante. Possuindo uma fotografia belíssima, uma edição ousada e uma trilha sonora fantástica, 'Speed Racer' funciona perfeitamente!


Nota: 9

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

#24. Hellraiser IV - A Herança Maldita (1996)

Colocar ícones do horror no espaço não é uma idéia tão original e normalmente rende resultados decepcionantes. Mas, felizmente, não é que o acontece neste quarto capítulo da série 'Hellraiser'. Assim como o terceiro filme, 'A Herança Maldita' possui novos personagens e uma história completamente original. Buscando conhecer as origens da caixa e Pinhead, o roteiro ambienta sua narrativa em 3 épocas diferentes, se focando na linhagem da família Merchant. Em cada época somos apresentados à um membro diferente da família e testemunhamos as dificuldades que cada um têm em destruir Pinhead para sempre. Repleto de momentos interessantes 'Hellraiser IV - A Herança Maldita' se firma como um dos melhores episódios da série, pois além de assustador o filme explora o mundo criado por Clive Barker como nenhum outro filme da série o fez.

Nota: 7

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

#23. [REC]² - Possuídos (2010)

Começando exatamente onde o primeiro nos deixou, esta sequência vai direto ao ponto e explica que os zumbis do filme anterior são na verdade pessoas possuídas por forças demoníacas. Na minha opinião isso foi uma idéia formidável, pois não só justifica a existência desta sequência, como também muda a percepção do primeiro filme. Mas, infelizmente, '[REC]²' está cheio de defeitos. Além de um elenco fraco, o roteiro é recheado de furos (personagens entram e saem do prédio sem que saibamos como isso acontece) e diálogos que não se encaixam no estilo da narrativa. Em certos momentos os ângulos usados são tão cinematográficos que esquecemos que o filme é em primeira-pessoa. Entre altos e baixos, '[REC]²' pode não ser tão original quanto o primeiro, mas é tão assutador quanto.


Nota: 6.5

domingo, 2 de janeiro de 2011

#22. Hellraiser III - Inferno na Terra (1992)

Diferente do filme anterior, este terceiro nos apresenta uma nova história com novos personagens, o que acaba sendo um ponto negativo já que a história e personagens dos dois filmes anteriores eram tão bons que mereciam uma continuação direta. De início parece ser uma 'refilmagem' do primeiro filme, recriando cenas em ambientes diferentes e mantendo (praticamente) a mesma linha narrativa. Pinhead (óbviamente) está de volta e acaba sendo um dos poucos pontos positivos deste filme já que o mesmo está presente nas melhores cenas: as mortes. Com bastante 'gore' e violência gratuita, 'Hellraiser 3 - Inferno na Terra' até consegue segurar o espectador durante seus 90 minutos, mas no fim concluímos que nada foi adicionado à mitologia criada por Clive Barker, o que acaba fazendo com que este filme seja uma total perda de tempo.


Nota: 4